Balanço do Ano

“- Rapaz, que ano?!?!”

Foi assim que comecei a conversa com o meu coração.

“Surpresas, desilusões, erros, acertos, risos, lagrimas, mais risos, mais surpresas e enfim o fim”.

É assim mesmo, todos os finais de ano tentamos fazer o “balanço final” e na verdade não conseguimos nunca chegar a uma conclusão de como foi o ano.

Para o próximo, virão as renovações de pensamentos, sonhos, novos velhos planos e quando menos se esperarmos, Dezembro chegará trazendo o recado claro e eterno de que não importa o quanto se corre, o tempo será sempre mais rápido que nós.

Por mais que o tempo passe e que a gente se torne cada vez mais calejados e experientes, não há como não se surpreender com a veloz rotina da vida.

Início, meio, fim, primavera, verão, outono, inverno, carnaval, futebol, dieta, viagem, dinheiro, férias, férias... FÉRIAS. Tudo se repete - assim como as promessas de fim de ano – e se repetirá da mesma forma no ano que vem. (se Deus quiser!!!)

Saúde, paz , oferendas, orações e por fim, as sensações, esperanças de transformação e os sentimentos se repetem.

Na verdade, o que se procura não é a saúde, tampouco sofrer menos. O que se busca na verdade é a vida.” Emendou.

Depois dessa me calei.

"Eis o que se quer de fato. Viver." Concluiu.

Viver, viver de todo coração.

É o que desejamos - eu e meu coração - a todos vocês para o próximo ano.

Vivam... Vivam demais.

Feliz 2011!

Sandro Braga.

O erro

Por que mudar?

Não há mais o que me assusta ou que me cause mal nessa estrada. Todos os meus passos já estão devidamente adaptados aos meus possíveis erros.

Erro sim, mas sigo caminhando. Levo comigo o aprendizado de cada tropeço e de cada desvio de trajeto acompanhado de uma boa porção de sorte na bagagem.

Insisto: Por que mudar?

Pois já fazem parte de mim e da minha caminhada os percalços, a agitação do inesperado, já faz parte da minha vida àquele ar frio - chamado medo - que corre dentro de nós no momento da decisão. É o medo que me faz agir. Não posso temer o que me faz forte. Não seria razoável.

Não é de hoje que vejo problemas nos acertos do meu dia a dia. Eles me colocam em uma posição lúdica, me trazem o conforto e uma sensação ilusória de calmaria.

Pois se é a dúvida o combustível de minha travessia, se é ela quem me move para caminhos que ainda devo descobrir. Por que mudar, se o que tenho de melhor é a capacidade de me adaptar?

Para que tentar mudar se sou eu o erro, a graça, a surpresa e a aventura de minha própria história.

Sandro Braga.

Paz Verdadeira

Ultimamente tem sido eu o meu maior alvo de pensamentos. Em todos os sentidos.

Venho tentando entender a paz simples que sempre falei, pedi e sonhei.

A paz - a verdadeira -, interna, própria, pessoal, mas também a paz do compartilhamento. Não a paz do abandono ou do afastamente de tudo e de todos.

A paz - a verdadeira -, não mora no isolamento ou no egoismo de tentar resolver tudo no mais profundo distanciamento.

A paz - a verdadeira - está na arte de conviver, no exercício (quase que diário), de entender o contrario, na ousadia e no poder de habitar em terrenos hostís, está na coragem de saber navegar mares de maré contraria.

A paz - a verdadeira - faz entender que nem tudo é carnaval, que nem toda alegria mora na gargalhada, que o chorinho também faz parte do samba e da festa. Há de se ter choro.

A paz , a verdadeira paz, mora na diferença. Não na solidão.

Sozinho, venho fazendo as pezes comigo mesmo. Mas não com o mundo.

Pelo menos por enquanto.

Sandro Braga

Lua e Eu

Madrugada, lua e eu...
Saímos para pôr o assunto em dia.
Companheira, me ouviu calada, como sempre.
Me iluminando com seu simples observar.

Madrugada, lua e eu...
A ela inventei fatos, afirmei mentiras,
Cantei derrotas e perdoei vitorias...
Sempre minhas.
Confuso, misterioso, sem sentido...como é a vida;
Como é a madrugada.

Madrugada, lua e eu...
risos, lagrimas, abraços sem adeus.
Pois nela;
Na maturidade de toda noite
Há tempo também de confessar a verdade de ser eu.

Sandro Braga

O Melhor Presente

Certo dia, na Vila dos Sentimentos, o Amor encontrou a Paixão e conversaram sobre símbolos.

O assunto era saber qual material representaria melhor os dois.

A paixão foi taxativa.

A mim, que dediquem as Rosas. Ela é bela como eu, intensa, viva, há de se ter cuidados específicos, aflora na primavera, possui aroma, nada melhor que a Rosa para me representar.”

O Amor, envergonhado por não ter tido tanta criatividade assim, analisou, pediu um tempo e partiu em busca de um símbolo ideal para si. Percorreu a Vila por horas e de tanto procurar por flores, cores e aromas que lembrassem o que de fato ele representa, se deitou – esgotado - em uma das enormes pedras a beira do Rio da Solidão (Aquele que passa sem freio).

Acompanhado da Paciência, eterna companheira do Amor, ele concluiu ao deitar que a Pedra seria seu melhor símbolo.

Escolheu a menor e mais disforme de todas e correu para contar a novidade à Paixão.

Ao revelar seu símbolo, a Paixão – com ares de deboche - pediu explicações mais objetivas que o levaram a escolher logo a pedra, algo tão simples e bruto, como seu símbolo.

Solícito – como sempre é o Amor -, ele explicou que embora a pedra não possuísse estação, não tivesse forma e nem mesmo cor, ainda que tivesse à margem da Solidão, a pedra – como o Amor - sempre servira de abrigo para alguém.

Explicou também que tanto a ele quanto a pedra, não importava o tamanho, pois a sua graça e beleza estavam justamente na simplicidade e na solidez. Algo impossível de encontrar na Rosa.

Paixão e Amor, rosa ou pedra.

Escolha o melhor presente...

...e Feliz dia dos Namorados.

Sandro Braga

Off-line

Envolvido pelo tema futebolístico, peguei-me essa semana analisando um sujeito completamente viciado nesses joguinhos eletrônicos de futebol. Até ai “xongas”, como diz mamãe Angela.

Curioso foi quando me permiti puxar um assunto sobre futebol (o de verdade) com o sujeito e constatar que deste, ele nada sabia. E olha que vim por baixo, falando sobre Liga dos Campeões e Copa do Mundo. Assunto qual acreditava que qualquer ser humano sabedor que bola também se chuta entenderia no momento.

Tolo fui eu.

Lembrei-me de imediato dos tempos em que comecei a aprender de fato o que era futebol.
Jogando? Não, respondo:

Aprendi sobre futebol, esquemas, posições, estratégias de ataque e defesa com o velho e infelizmente não mais tão famoso “Jogo de Botão”. Onde foi parar essa tradição?

Botão era a máxima representatividade da paixão nacional. A começar pelo dito popular em clubes tradicionais que afirmam que craque se faz em casa.

No jogo de botão sim, eram feitos em casa mesmo. Botões de blusa e shorts de uniforme colegial (sim, possuíam botões naquela época) tinham a característica necessária para assumir o comando no meio campo, benjamins e metades de ioiô formavam a zaga, caixas de fósforo OLHO e FIATLUX recheadas de arroz (pra dar o equilíbrio exigido) catavam no gol, fichas telefônicas (da TELERJ batiam com efeito) e chaveiros eram centroavantes matadores e os feitos de casa de coco eram próprios para os contra-ataques na ponta – posição extinta – porém, estes eram necessários guardá-los em flanelas... Era essa a regalia dos craques. “Dadinho é o c...!” A bola era feita de miolinho de pão congelado precisamente 1 hora antes da partida.

Seguia o aprendizado a reboque da criatividade, desnecessária nos jogos de hoje.

A tradição era tanta, que botões de galalite e acrílico – modernidade - não eram bem vistos entre a rapaziada. Aquilo era coisa de “menino de play” – coisa nova na época – que além de se renderem as tecnologias revolucionárias, soltavam pipas no ventilador e brincavam de piques dentro de casa.

As partidas aconteciam em qualquer lugar. O chão da casa encerado – rodeado de “pirus-de-fora” que teimavam em se manifestar contrariando o dito popular – sempre era o predileto.

Pois bem. O glorioso Botão agoniza e a passos largos cai no esquecimento junto com a necessidade criativa de uma adolescência acostumada a ver filmes em 3D, “jogar” futebol sem sair do sofá, ver filmes com bichos azuis de planetas gasosos, e se maravilharem com seres que, de certo não possuem nada para fazer, insistem em invadir a Terra sempre pelos Estados Unidos.

Juventude eletrônica, informatizada e cada vez mais sem o poder imaginário que fez uma geração rir de Mauricio de Souza, trapalhões e se divertir esfolando dedos dos pés no asfalto lançando - ao melhor estilo Gerson - de trivela ; e os da mão com o joguinho de “Teco” (ou “Prego”), jogado entre pregos e com moedas - as de 1 centavo de cruzado em 87 eram perfeitas - que exigiam tremenda perícia nos petelecos da garotada.

Mas em tempos que táticas estão online, imaginação e criatividade vendem-se e chegam via Sedex, o que mais podemos esperar dessa “gurizada” em ano de Copa?

Para essa “garotada virtual”, a realidade exige dessa muita coisa que infelizmente para ele no momento está Off-line.

Sandro Braga

Estrada

Caminhar em frente sim. Alguns dizem que devemos seguir sem olhar para o que passou. Eu discordo.

Busco fixar todos os momentos – bons e ruins – em minha memória e os deixo em um lugar de fácil acesso na minha vida. Vez ou outra, volto as atenções ao passado e revejo com carinho todos os acertos e fracasso, os quais gosto de chamar de ensinamentos.

Esse papo de bobo - piegas até -, que encontramos com facilidade na boca de medrosos e covardes que dizem não se arrependerem de nada na vida e que se fosse possível voltar ao passado, fariam tudo da mesma forma. Conversa.

Sejamos honestos: Eu me arrependo de muita coisa - de tudo talvez – e se fosse possível, faria praticamente tudo diferente.

Dessa forma, faço questão de que as realizações e decepções ocupem o mesmo espaço na minha “gavetinha mental”. Gosto de perceber o quanto elas se confundem.

Como em uma estrada sigo dirigindo a minha vida como se fosse um daqueles enormes caminhões, com espaço de armazenagem suficiente para todas as historias que escrevi, imagens e momentos que ainda estão por vir. Entendo que os erros e borrões da minha história são como sujeiras das estradas.

Sigo sabendo sempre que o foco esta no caminho que estar por vir e quando possível – e necessário - olho no espelho para admirar o que já andei e as trilhas que conquistei. Quanto as sujeiras da estrada, dou a atenção devida somente às poeiras que me interessam.

Assim, espero concluir minha vida sabendo que os problemas e decepções da estrada, possuíram o tamanho e a demissão da importância que dei a elas.

Sandro Braga

Gramática do Amor

Confesso que sou apaixonado por historias. Sobretudo as de amor.

É verdade que não há idioma especifico para um sentimento tão nobre. Há quem diga até que a língua dele seria o silencio.

Pois bem, e se tivéssemos que escrever sobre toda a nossa historia de amor. Sem faltar nada, sem nenhum detalhe deixado de lado.

A qual gramática deveríamos recorrer?

Para que ela fosse bem compreendida, seria necessário detalhar sensações, lugares, sorrisos, olhares e até os aromas deveriam ser descritos com clareza.

Para isso, usaríamos as famosas – porém não tão usadas - pontuações gramaticais.

Uma boa historia de amor começa com dois pontos – ou duas pessoas - que nos explica cada um das personagens. Em seguida são necessárias as interrogações. Várias delas devem ser largadas soltas logo no começo em tom de mistério a fim de serem desvendadas.

É com o surgimento delas que se inicia a fase mais brilhante do amor. A famosa fase da descoberta.

Buscamos entender, conhecer e nos identificar com nosso amor a cada questão – sorriso, palavras, contos... – decifrada com o nosso olhar de paixão.

É bem verdade que romance nenhum vive apenas de encantos. Para isso existem as vírgulas.

Como dizia minha “tia” na classe de alfabetização. É no momento em que ela aparece no texto que nós respiramos, tomamos fôlego para continuar a historia.

Com o amor e assim também. As brigas, discussões, desentendimentos, são como as vírgulas na nossa historia. Sem elas, tudo se chega ao temível ponto final.

Com o ar renovado, segue a historia com exclamações de amor e paixão até chegarmos ao ponto e vírgula. Momento em que não se respira tanto, mas também não deixa nada se transformar em uma pausa total.

Na nossa historia, neste momento os dois pontos ( um em cima outro embaixo) explicados no inicio, são postos lado a lado.

Como sabemos bem, não há o menor significado para dois pontos lado a lado. Não representarão nada de tão grandioso até que a Vida – “Mestra Gramatical” da nossa historia -, no auge de toda sua sabedoria, rabisque com cores de magia outro ponto. O terceiro ponto que dará a nossa historia as reticências que indicarão a função de que algo – a nossa história de amor - jamais terá fim.

Sandro Braga.

A Eternidade

Dizem que nada é pra sempre. Eu sou!

Ser pai é uma sensação sempre complexa de ser descrita. Há quem tente explicar esses sentimentos mágicos falando das lagrimas que aparecem lavando o rosto de orgulho, outros preferem falar das gargalhadas que chegam confundindo as emoções. Alguns liberam lagrimas e sorrisos ao mesmo tempo mostrando o quanto será divertido e surpreendente essa nova fase de amor e responsabilidade. Fase que aprenderemos a caminhar sem os pés no chão.

Mas há ainda uma sensação - de “egoísmo branco”, se é que isso existe -, que hoje entendo como confirmação da eternidade.

Um filho é muito mais que o “nosso sangue”.

Ele eternizará nossos ensinamentos, histórias, cultura e levará à diante as tradições – ainda que as mais descabidas - que nossa família cuidou com carinho sem saber exatamente o motivo.

Nossas manias, expressões faciais, humores, entre outras coisas que em bem pouco tempo serão identificáveis a olho nú em nossa “cria”.

Eis a certeza do eterno.

Eis a certeza de que nossa vida segue. Sem a nossa participação direta e nem mesma a nossa presença.

Talvez deva ser isso que chamam de alma. Pois isto sim é pra sempre!

Sandro Braga

Piscina Cheia

Resolvi falar sobre um assunto que agrada a todos. Ser milionário!

Alguns assuntos da semana fizeram-me refletir especificamente sobre o tópico dinheiro.

Para reforçar esse pensamento, lembrei-me da “super - ultra - mega loteria” de final de ano, dividindo pouco mais de 145 milhões de reais para dois “virados pra lua”.

Ok... Parabéns! (Inveja)

Lembrei-me também - como sempre – dos ensinamentos de vovô Armando:

“Dinheiro é igual piscina, meu menino. Se você ficar com medo de jogar água para fora, nunca vai se divertir”. Sábias palavras.

É muito bom ter dinheiro, traz possibilidades, criam-se oportunidades, só não podemos esquecer que ele foi feito para gastar.

Quando trabalhamos para guardar e só, transformamos o nosso trabalho em fardo. É ai que o dinheiro começa a fazer mal. É quando ele não traz felicidade.

Mostrem sempre pra ele (o dinheiro) que você esta no comando. Não o contrario.

Viver, trabalhar, ganhar dinheiro e viver ainda mais. Essa é a ordem.

Viver é o importante.

Vovô tinha razão. É importante ter a piscina sempre cheia, mas sem medo de se divertir.

Sandro Braga.

A lágrima e o palhaço

Quem não admira a coragem do domador?

Quem não sonha voar como os trapezistas?

Quem não se encanta com Mágico? Ainda que sejam àqueles truques mais bobos, com pombos, rosas e flores.

Porém, nenhum desses possui poder do palhaço.

Sabem por quê?

Respondo: É por ele que o circo sobrevive.

Ele faz valer as filas da pipoca, o desconforto do picadeiro ou o próprio deslocamento a locais distantes. Ele sim é o verdadeiro dono do circo.

Ele doma a platéia mesmo sem o talento específico do domador, ele faz a gente voltar voando – como trapezistas - à nossa infância, ele traz de volta a mágica e a inocência que o tempo nos levou.

Resumindo: Ele transforma tudo em sorrisos.

O curioso é a discreta – porém constante – lagrima no canto dos olhos.

Sempre há uma. Já perceberam?

Conta “a lenda” que o sonho do palhaço é ver o circo pegar fogo.

Hoje entendo muito bem.

Talvez por saber que as trapalhadas, rabugices, infantilidade e principalmente seus fracassos, sirvam de alegria para o mundo.

Na verdade, ainda que isto lhe forneça algum prazer temporário, quando o espetáculo acaba e todos voltam as suas casas, é a companhia da lagrima que o conforta. Pois só ela é sabedora de que amanha, novos sorrisos serão vistos e só ela – discretamente – dividirá cada momento inesquecível daqueles com o Palhaço.

Chore sem medo palhaço... Nós rimos de você sim.

Porem, só você possui a lágrima que guarda o segredo que a boa companhia tem. A arte imortal de rir de si e da própria vida.

Dedicado ao amigo Marcel Brandão.

Sandro Braga.

O meu Paraíso

Entende-se que assim como as alegrias, as tristezas também não voltam. Como tudo na vida, viver intensamente as sensações é uma oportunidade única de eternizar momentos, experiências e marcar a nossa historia.

Bons ou ruins devemos aproveitá-los sempre ao máximo.

Com todos eles iremos aprender algo, nos experimentar e por conseqüência, acabamos nos conhecendo e entendendo nossos limites a cada nova reação.

Pois, como sempre ouvimos falar por ai, assim como os acontecimentos, as sensações não voltam. O que passou, passou. Não é assim?

Da mesma maneira que desfrutamos dos sorrisos, somos nós mesmos que temos que resolver nossas “embrulhadas”. Só é preciso paciência e fé.

Sabemos – bem no fundo – que independente da gravidade do que acontece, com o tempo toda e qualquer “embrulhada” se torna mais cedo ou mais tarde – em sorriso.

Por falar em fé, vale destacar também que muitas vezes nos agarramos ao desconhecido, depositando toda a nossa força em um canal de informação, religião ou qualquer outro caminho que nos levaria ao chamado paraíso. Aquele lugar onde tudo é alegria, sem filas de banco, onde as pessoas são calmas, sem prazos, onde tudo é “paz e amor”. Uma espécie de “Woodstock Celestial”.

Talvez, para surpresa dos que me conhecem, confesso que acredito em paraíso sim.

A única real diferença é que em minha opinião, se chega lá vivo!

...E para completar – já que estou em “pecado” -, se existe mesmo algum Deus, ele é muito bem humorado. Afinal, se a gente consegue se divertir com os nossos próprios problemas imaginem Ele, que “de tudo sabe”.

Sandro Braga.

Duas Estrelas

Era uma vez duas estrelas.

Andavam sempre juntas, se revezavam em intensidade, mas invariavelmente, para beleza do mundo e do meu céu, as duas sorriam ao mesmo tempo e espalhavam a luz radiante que guarda (com sabedoria) o mistério que é a alegria. Um mistério que hipnotizava todos ao redor. Comigo não era diferente.

Paralisado, tentava eu (sem sucesso) entender de onde vinha esse brilho que transformava tudo em alegria... Uma energia (espalhada pelas duas) realmente inexplicável, mas tão contagiante que era praticamente impossível deixar de olhar. Confesso que jamais tivera visto tamanha amizade e companheirismo.

Noite após noite, encontrava as duas, sempre juntas, sempre rindo, sempre brilhando e lógico, sempre encantando. Nunca tinha encontrado tanta cumplicidade e beleza em uma companhia. Entre um sorriso e outro, me fiz presente e passei a acompanhá-las e (mesmo sem que elas soubessem) as fiz cúmplices de meus segredos, sonhos... E mesmo com esse desconhecimento, as duas me iluminavam a cada gargalhada.

É verdade que elas não tinham noção do que representava pra mim cada sorriso. Porém, por vezes, usei a luz das duas para me guiar e roubei a luz alguns sorrisos para tentar rir quando a vontade era chorar.

Para ser sincero, com elas entendi que amizade pode e deve ser sempre assim. Simples e divertida, ainda que seja desfrutada em segredo. Não precisa muitos eventos, muitas declarações de amor, nada disso. Acredito de fato que quanto menos declarações melhor. Na realidade não precisamos nem da presença, basta sorrir e viver sem pressa.

Pois aprendi com elas que não importa a velocidade em que se chega e nem o quanto tempo que se fica. O importante é a intensidade da luz que proporcionamos no momento em que estamos juntos.

Dedicado à Úrsula Salim e Julia Gutterres.

Sandro Braga.

Rio de Janeiro

Minha cidade?

Ah, minha cidade tem um clima diferente, um verão incomparável que traz um ar de paixão, mais vida, mais alegria.

Entre uma rua e outra se encontram historias do meu país. A proximidade habitacional das classes alta e baixa dá ao povo um ar malandro, onde ricos e pobres dividem o espaço, fazendo da praia mais um território de democracia na cidade.

O futebol? Ah, futebol... Tenho aqui também o mais famoso estádio de todos, aquele que representa melhor a minha cidade na forma de um caldeirão de classes, credos, raças. Lá você verá - sem sequer desconfiar -, criminosos e bacharéis se abraçando, comemorando o mais “roubado” dos títulos sem culpa nenhuma.

Garrincha, Zico, Romário, Bebeto... Alegria de um povo passeou por aqui.

Ainda tem o carnaval... Esse sim...

Bebemos, comemoramos – sem sabermos exatamente o quê -, rimos, brincamos e fazemos jus por termos nascido em terra de São Sebastião.

E no final de tudo, entendemos que para nós, bons cariocas, o ano nada mais é que um espaço de tempo – muito bem aproveitado - entre um carnaval e outro.

Sandro Braga.

Amor em confetes!

Você percebe o prazer de acordar bem tarde?

Você sente o sol lhe chamando pra um novo dia?

Você percebe como o coração acelera naquela parte da musica?

Você sente vontade de dançar assim que acorda?

Você percebe como os nossos olhares mudam quando se encontram?

Você sente o corpo ficar dormente quando a gente se aproxima?

Você percebe que também existe prazer em fechar os olhos?

Você sente a mágica que escuro tem?

Você percebe o cheiro que o amor tem?

Você sente quanto amor cabe dentro de um abraço?

Você sente o calor do carinho?

Você percebe prazer de um banho de mangueira?

Você sente o prazer de um bom vento?

Você percebe quando o sorriso vira paixão?

Você sente o ar fresco da descoberta?

Você percebe quando é amor?

Você sente quando não é só paixão?

Então está combinado.

A partir de hoje, no meu coração, pra sempre é carnaval!

Sandro Braga.

Chega de férias!

Olá, amigos...
Chega de férias!
Voltamos hoje com nossas atividades normais...
Mais um ano de publicações, surpresas e novidades no nosso blog.
Conto com o carinho de sempre de vocês...
Vamos lá... para nossa terceira temporada!
Feliz 2010!!!
Um beijo e um grande abraço a todos!

Sandro Braga.