Caminhar em frente sim. Alguns dizem que devemos seguir sem olhar para o que passou. Eu discordo.
Busco fixar todos os momentos – bons e ruins – em minha memória e os deixo em um lugar de fácil acesso na minha vida. Vez ou outra, volto as atenções ao passado e revejo com carinho todos os acertos e fracasso, os quais gosto de chamar de ensinamentos.
Esse papo de bobo - piegas até -, que encontramos com facilidade na boca de medrosos e covardes que dizem não se arrependerem de nada na vida e que se fosse possível voltar ao passado, fariam tudo da mesma forma. Conversa.
Sejamos honestos: Eu me arrependo de muita coisa - de tudo talvez – e se fosse possível, faria praticamente tudo diferente.
Dessa forma, faço questão de que as realizações e decepções ocupem o mesmo espaço na minha “gavetinha mental”. Gosto de perceber o quanto elas se confundem.
Como em uma estrada sigo dirigindo a minha vida como se fosse um daqueles enormes caminhões, com espaço de armazenagem suficiente para todas as historias que escrevi, imagens e momentos que ainda estão por vir. Entendo que os erros e borrões da minha história são como sujeiras das estradas.
Sigo sabendo sempre que o foco esta no caminho que estar por vir e quando possível – e necessário - olho no espelho para admirar o que já andei e as trilhas que conquistei. Quanto as sujeiras da estrada, dou a atenção devida somente às poeiras que me interessam.
Assim, espero concluir minha vida sabendo que os problemas e decepções da estrada, possuíram o tamanho e a demissão da importância que dei a elas.
Sandro Braga