Viver como as flores

Passei a noite pensando nisso: Viver como as flores!
Dentro das minhas irritações do dia-a-dia entendi que é a melhor coisa a fazer.
Surgir a partir do esterco e ainda assim se tornar algo belo e perfumado é muito pra mim. Porém, entender que eu posso extrair algo proveitoso, – mesmo que seja da pior matéria possível – que colabore para meu crescimento, achar do nada algo válido para a minha formação é algo que me encanta, fascina e que estou disposto a adotar como proposta de um ideal de vida.
Relativizando e comparando minha vida com as flores, entendi que posso tirar o que tem de melhor dos outros, ainda que estes não sejam tão fieis a mim. Da mesma forma posso me abster de qualquer mal, de qualquer culpa pelos erros, aborrecimentos e defeitos dos outros.
Pois faz todo sentido se incomodar com a própria culpa, com os próprios problemas, mas não é nada sábio permitir que esses problemas externos se façam presentes dentro de nós. Assim sendo, entendo que os erros e loucuras dos outros são problemas deles e não meus. E se não são meus, não podem me afetar nem me aborrecer.
Desta forma estarei tirando o que há de melhor em tudo para o meu crescimento e não deixando o que é sujo me contaminar.
E assim, pretendo e vou tentar viver cada vez mais como as flores!

Sandro Braga.

Mocinho X Mocinho

Inevitável falar esta semana sobre um dos lamentáveis acontecimentos em São Paulo.
Porém, não vou falar puro e simplesmente da enorme incoerência, das cenas – além de violentas – patéticas de policiais contra policias. Algumas outras coisas me chamaram mais a atenção nessa baderna.
Antes de tudo, me impressionou a velocidade com que os “reforços” de ambas as polícias – ou seriam facções? – chegaram ao local. Estranho, eles sempre demoram tanto pra aparecer quando precisamos.
Curioso também, foi a quantidade de policiais envolvidos, os bandidos que fizessem a festa, estavam todos muito ocupados “protestando”.
Até onde eu aprendi, toda e qualquer manifestação – pacifica e desarmada – é assegurada por lei. Entretanto, nem de longe aquilo foi pacifico e tão pouco desarmado.
Ah sim, as armas. Ouço e leio nos jornais praticamente todos os dias, membros das secretarias de seguranças falando sobre a falta de armamento das policias.
Vi naquela manifestação um absurdo desperdício, sem economia de munições, bombas e armas que eu jurava serem usadas apenas para caça de ursos.
Resultado da obra: 8 viaturas destruídas, policiais feridos, munições – que deveriam ser usadas para nos proteger – usadas contra policiais. Tudo isso muito bem financiado por nós mediante aos impostos. Se eu soubesse que era pra isso...
O melhor mesmo é blindar nossas casas e carros, já que enquanto os “mocinhos” brigam entre si e os bandidos fazem a festa, livres, leves e soltos – como nunca - na cidade.
Se bem que também ouvi nesta mesma semana um caso de falsificação de carros blindados.
É... “ta difícil... ta muito difícil!”

Sandro Braga.

Aventura da busca

Já comentei algumas vezes que em minha opinião, para muitas pessoas – se não todas – a felicidade ou razão de uma vida inteira esta justamente na busca.
No entanto, o caminho trilhado na busca de um objetivo está tão recheado de acontecimentos, magias, marcas e pegadas ali deixadas por outras pessoas que já trilharam a mesma estrada, que por muitas vezes achamos melhor e mais seguro segui-las para diminuir nossas chances de erros.
Ledo engano. Quando afirmo que essa felicidade se encontra na busca, ela também está diretamente associada a nossa capacidade de achar algo novo.
Esse sentimento de descoberta nos traz conforto e nos passa a impressão de que - mesmo por um breve instante - nós temos o completo domínio do inesperado. Um dos grandes medos encontrados em nossas viagens.
Por falar em medo, é necessário também que façamos durante nossa caminhada, parceiros, novos amigos, pessoas que desfrutem das nossas histórias e nos ensinem a reconhecer em nós mesmos o nosso poder de aventureiro. Muitos mais do que encontrar outros caminhos, é preciso estar aberto para relacionamentos, sobretudo para o amor. Mais apavorante que caminhar sozinho, é terminar uma linda viagem em plena solidão e não ter com quem repartir as experiências colhidas no caminho.
E ainda assim, depois de toda uma travessia, uma cruzada realizada durante uma vida inteira, você poderá perceber que a felicidade muitas vezes não estava na busca do caminho puro e simples e sim na sua incansável vontade e coragem de descobrir.
Sandro Braga.

Faltei essa aula!

Moral e cívica. Essa era a matéria que eu tinha na escola e que - durante o ano letivo inteiro - praticamente girava em torno do assunto “cidadania”.
Lembro-me que dentro deste assunto, continham aspectos relacionados a limpeza de um ambiente, respeito com o próximo, conceitos sobre ética, entre outros tópicos que tinham como objetivo formar a primeira imagem de civilidade.
Pois bem, nesta mesma matéria, entendíamos algumas das nossas obrigações, nossos direitos e tínhamos também ali, a idéia de para que serviam alguns seguimentos do Estado. È evidente que para nós, - então crianças - aquilo tudo não fazia muito sentido, mas assistíamos quietos tudo o que a “tia” falava.
Ontem, alguns desses valores fundamentados e solidificados em mim durante boa parte da minha vida foram postos a intrigantes questionamentos diante de um dia em que teoricamente deveria ser uma máxima mostra daquela cidadania tão falada na sala de aula.
Partindo de um principio em que o compromisso com a verdade e o respeito com o próximo é fator determinante para uma vida social, colocar cartazes em lugares proibidos por lei não me parece algo respeitoso e muito menos verdadeiro, sobretudo para aqueles que estão buscando um lugar no governo para nos representar – pelo menos é o que se supõem - e fazer com que as mesmas leis sejam cumpridas. Continuando, durante a campanha, muito se falou em exploração infantil. Declarações no mínimo estranhas quando nos deparamos com crianças distribuindo panfletos – que sujam a cidade - desses mesmos candidatos em dia de eleição, o que além de ser proibido e incoerente com suas falas, é claramente um ato meticuloso já que estas crianças não podem ser presas nem punidas por esses atos e outros possíveis devido a sua menoridade. Por falar em prisão, me faz entrar no assunto da segurança publica. Esta sim, – lembro-me bem seus deveres ditos nas aulas – deveria ser feita pela polícia militar e civil certo?
A resposta é: Não sei. Sabia, ou achava que sabia.
Até soldados do exercito tirando propaganda dos muros, entrando em favelas para assegurar a campanha política de candidatos entre outras coisas que eu tinha a absoluta certeza de não serem deveres das forças armadas eu vi.
Eu hein?!
Sinceramente eu acho que não aprendi nada Ou então faltei no dia em que a “tia” explicou que tudo muda, principalmente nos dias de eleição.

Sandro Braga.