Inércia

Problemas e situações inesperadas de desconforto muitas vezes nos levam a agir por impulso varrendo para longe qualquer sensação que nos remete a paz. Essa ação está diretamente ligada à tentativa de resolver e determinar nossas escolhas na mesma velocidade do acaso.
A probabilidade de erro nestas medidas pode ser comparada ao tamanho espantoso do próprio acontecimento.
Vamos lá:
Impulso serve para impulsionar, não para decidir. Ele é a mola propulsora da ação e não a própria ação. Ao estabelecermos essas regrinhas, dificilmente agiremos com o combustível do desespero.
É bem verdade de existem acontecimentos em que a pressa se faz necessária. Entretanto, é educado, nobre, belo e possível em todas – TODAS – as situações decidir com sapiência e controle.
Não importa o quanto a vida segue, o quanto o tempo corre, tampouco o tamanho de nossa pressa. É fato que a velocidade atrai fascínio, temor e chama a atenção para os acontecimentos. Porém, é bom que esqueçamos que para que isso tudo seja notado e percebido aos olhos da consciência, ainda nos é necessário estarmos parados.
Eis o momento em que a paz age ao nosso favor.

Sandro Braga