Receita de Amar

Muito se diz a respeito de conselhos para que paixões deem certo. Conceitos como respeito, limites de espaço, individualidade, saber ceder, doar-se, adaptar-se ao outro, tudo isso é óbvio. Todos muito importantes. Porém, muita gente deixa essas dicas superarem algo que para mim é o mais importante no que diz respeito à paixão: o “não pensar”
A paixão é inconsciente, e por isso mesmo é tão intensa, tão bela, tão completa, que nos faz sentir realizados, cheios, repletos de amor com o simples fato de saber que alguém pensa na gente. Coisas que a princípio parecem simples para qualquer pessoa, mas que para casais apaixonados ganham uma dimensão inexplicável e imensurável justamente por não pararem pra pensar.
Em minha opinião, a ideia de passar para as pessoas – sempre diferentes -, um sentido de equilíbrio é difícil. Esse papo de equilíbrio, de atingir o ponto ideal de convívio é muito racional, quase que um jogo para lidar com sentimento, além de ser complicado, é muito chato. Faz da paixão algo mecânico, previsível e sem graça.
Por isso, prefiro os extremos. Viver intensamente cada minuto, sem pensar na duração, fazer o hoje ser inesquecível e o amanhã um dia de superação. Fazer loucuras também faz parte da estratégia.
Amar ao máximo, aprender, conhecer a outra pessoa cada vez mais, como se estivesse desvendando um grande segredo a cada dia. Loucuras... Maluquices... Sonhos absurdos... Fazem parte!
A paixão prefere a ficção; não suporta a realidade... E eu também não!
Prefiro os extremos. Afinal, água morna não serve nem pra fazer chá.

Sandro Braga.

1 comentários:

Unknown disse...

Ainda acham que vc é um insensível né Sandro!?

rsrsrsrsrs ..

Belíssimo.

Impressionante como você conseguiu redigir em poucas linhas o verdadeiro sentido da paixão, e como a mesma deve ser vivida. Parabéns

Abração.